O que significa Calvinismo?

"Calvinismo significa que Deus, Senhor dos céus e da terra, é absolutamente soberano sobre todas as coisas, boas e más, na terra e no céu, e mais particularmente o calvinismo significa no que diz respeito à salvação que Deus escolhe e elege pessoas em Cristo que vem no tempo e coloca os seus pecados na cruz, de modo que pela Sua maravilhosa graça homens totalmente depravados e incapazes e sem qualquer livre-arbítrio, são trazidos voluntariamente ao Reino de Deus e guardados pela graça de Deus! Porque 'quem Ele predestinou também chamou, e quem Ele chamou também justificou, e quem justificou Ele também glorificou' - Romanos 8:30." Rev. Angus Stewart (www.cprc.co.uk)



segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

A Expiação Universal É Verdadeira? (7)


(16) Outro argumento contra a expiação ilimitada flui da doutrina da Santíssima Trindade. O Pai escolheu salvar os eleitos somente e não os réprobas, o Espírito aplica a redenção aos eleitos somente e não aos réprobas, mas o Filho (alegadamente) morreu pelos eleitos e pelos réprobas. Então há uma discrepância entre a extenção da obra salvítica do Pai e do Espírito (eleitos mas não réprobas) e a extenção da obra salvítica do Filho (eleitos e réprobas). Onde está então a unidade entre as três Pessoas de Deus? Não são todos de "uma só mente" e não têm todos um propósito. De facto, uma Pessoa da Trindade (o Filho) está a trabalhar para um objectivo (a salvação dos réprobas) não repartida pelas outras duas Pessoas (o Pai e o Espírito). O Pai elege o Seu povo para ser redimido, o Espírito aplica esta redenção aos mesmos eleitos, mas o Filho (alegadamente) morre para redimir alguns a quem o Pai escolheu não redimir e alguns a quem o Espírito não quer aplicar a redenção. O ensino da morte de Cristo por todos os homens cabeça a cabeça é proíbida pela doutrina Cristã da Santíssima Trindade e vai contra as afirmações da Escritura acerca da unidade da extenção da obra salvítica do Pai e do Filho (João 10:15-17; Rom. 3:25-26; II Cor. 5:18-19; Ef. 1:4-7), o Filho e o Espírito (Gal. 4:4-6; Heb. 9:14), e o Pai, o Filho e o Espírito (II Tess. 2:13-14; Tito 3:4-6; Ap. 1:4-6).

(17) A Expiação Universal é contrariada pela apresentação Bíblica da expiação de Cristo como uma obra que realmente salva. Cristo livrou-nos do reino do diabo (Heb. 2:14-15). He apazigoou a ira de Deus contra nós ao carregar sobre si a justa indignação de Deus contra os nossos pecados (I João 4:10). Ele reconciliou-nos (Rom. 5:10) e redimiu-nos (Gal. 3:13) e resgatou-nos (Mat. 20:28). A Escritura não ensina que Cristo torna a salvação possível pela Sua morte. Em parte alguma diz isso. A Bíblia ensina que Jesus realmente salva, reconcilia, redime e resgata-nos pela Sua cruz. Ele não o torna meramente possível a todos os homens serem salvos, reconciliados, redimidos e resgatados. Na cruz, Ele desviou a ira punitiva de Deus contra nós para sempre. Não é verdade que a ira de Jeová é apenas potencialmente desviada de todos os homens para todos poderem ser salvos, se eles, por um acto do seu "livre-arbitrio", escolherem Jesus. Mais ainda, esta visão faria a entrada no reino de Deus depender da decisão do homem e não da eleição de Deus.

Se Jesus pagou o preço por todos os homens e no entanto alguns perecem no Inferno então a sacrifício de Cristo não salva realmente aqueles por quem foi feito. Então, também não é substitutivo, porque se Ele levou o castigo do répobra - no seu lugar! - então porque perecem? Se alguns acabam no Inferno por quem Cristo morreu, então Deus pune os seus pecados duas vezes, uma em Cristo e uma neles. Como pode um Deus infinitamente justo requerer pagamento a dobrar pelos pecados? Como pode exigir castigo ao pecador no Inferno quando já foi satisfeita pelos seus pecados? E como podem alguns por quem Cristo salvou, reconciliou, redimiu e resgatou habitarem para sempre como inimigis de Deus na prisão do Inferno? Lembra-te: não há condenação para aqueles por quem Cristo morreu (Rom. 8:34).

Rev. Stewart
* Tradução da série de 8 partes do ensino sobre a doutrina da Expiação da Covenant Protestant Reformed Church, em http://www.cprc.co.uk/

1 comentário:

Anónimo disse...

Bem, cá estou de novo a deixar um brevo comentário.

De facto a doutrina da eleição, da expiação limitada ou particular transcende-nos. E só pode, pois não somos Deus, estamos limitados. Porém é algo que encontramos nas Escrituras. João 1:13 diz-nos: "Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus." A Palavra não nos diz que o Pai deu ao Filho - "cabeça por cabeça", ou seja toda a raça humana, o que nos diz é que o Pai escolheu para si um povo especial, uma nação santa e que são os que o Pai deu ao Filho (Joã0 6:39). Também não nos diz que a decisão está no homem - (João 1:13) Logo é especulativo e de certa forma abusivo, dizermos que a expiação de Cristo é Universal. Ele veio salvar o Seu povo. Quem é o povo? Os que Deus elegeu antes da fundação do mundo.

Ah, mas...

"Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim?" Romanos 9:20


ML