O que significa Calvinismo?

"Calvinismo significa que Deus, Senhor dos céus e da terra, é absolutamente soberano sobre todas as coisas, boas e más, na terra e no céu, e mais particularmente o calvinismo significa no que diz respeito à salvação que Deus escolhe e elege pessoas em Cristo que vem no tempo e coloca os seus pecados na cruz, de modo que pela Sua maravilhosa graça homens totalmente depravados e incapazes e sem qualquer livre-arbítrio, são trazidos voluntariamente ao Reino de Deus e guardados pela graça de Deus! Porque 'quem Ele predestinou também chamou, e quem Ele chamou também justificou, e quem justificou Ele também glorificou' - Romanos 8:30." Rev. Angus Stewart (www.cprc.co.uk)



quarta-feira, 23 de julho de 2008

Discernimento de Espíritos


"(O Pentecostalismo) Dá ao homem o poder de exercer uma liderança soberana sobre uma congregação, ou sobre uma comunidade de congregações, e governar a vida do povo de acordo com a sua vontade. O espírito honrado pelo Pentecostalismo não é o Espírito que glorifica a Cristo (João 16:14), aplica a redenção de Cristo (Catecismo de Heidelberg, P. 53: "… Ele [o Espírito Santo] foi dado também a mim … me torna participante de Cristo e de todos os seus benefícios …"), guia à verdade que Cristo falou na Escritura inspirada (João 16:13), e é dado a todos do povo de Deus mediante a fé (Gl. 3:14). Esse é o Espírito que magnifica a Deus. Mas o espírito do Pentecostalismo chama a atenção para si mesmo, concede seus próprios benefícios de salvação, fala de si mesmo, e opera à parte do ouvir da fé. Esse é um espírito que satisfaz ao homem.

O Pentecostalismo não é teocêntrico [centrado em Deus]. Por essa razão, ele pode atacar a Palavra de Deus (Escritura), menosprezar o Salvador de Deus (Cristo), minimizar o caminho de Deus para a salvação (fé) e ignorar a bênção fundamental de Deus na salvação (justificação). O fato de ser um evangelho de acordo com o homem (Gl 1:11) é um erro que, embora frequentemente ignorado, mesmo em críticas do Pentecostalismo, caracteriza o Pentecostalismo onde quer que seja encontrado. Esse é o erro do livre-arbítrio, isto é, a doutrina que a salvação depende da vontade do pecador, ao invés da vontade soberana e graciosa de Deus (Rm. 9:16). Os fundamentos do Pentecostalismo não estão em Calvino, Dort e Westminster, mas em Armínio, Wesley, Finney e no reavivalismo.

Isso ajuda para explicar tanto a popularidade do Pentecostalismo, como seu ecumenismo. O Pentecostalismo é ecumênico. É óbvia, admitida e agressivamente ecumênico. Ele age em todas as igrejas, com total desconsideração pelas diferenças confessionais e doutrinárias. Ele une Protestantes e Católicos Romanos. Todos se tornam um pelo Pentecostalismo – aqueles que praticam idolatria na missa, bem como aqueles cuja confissão é que essa prática é maldita; aqueles que dependem dos seus próprios méritos para a justificação, bem como aqueles cuja confissão é que devemos confiar somente numa justiça externa, ou seja, a justiça de Cristo; aqueles que se orgulham da salvação pelo seu livre-arbítrio, bem como aqueles cuja confissão é que o "evangelho do livre-arbítrio" é o erro que Pelágio tirou do inferno. Longe de ficarem envergonhados por seu "Espírito" doutrinariamente indiferente, e então serem provocados a duvidar com respeito a um "Espírito" que desdenha assim da verdade, os líderes Pentecostais anunciam sua religião como o meio de união na igreja. A natureza ecumênica do Pentecostalismo era evidente na "Conferência de 1977 sobre Renovação Carismática nas Igrejas Cristãs," na Cidade de Kansas. A conferência foi co-patrocinada por Batistas, Pentecostais, Episcopais, Luteranos, Menonitas, Judeus Messiânicos, Presbiterianos e Metodistas Unidos. Membros de muitas outras denominações participaram.

Um dos palestrantes principais, o Episcopal Dennis Bennett, disse que "ele vê três rios do Cristianismo que estão começando a jorrar juntos: o rio Católico com sua ênfase sobre a história e a continuidade da fé, o rio evangélico com sua ênfase sobre a lealdade à Escritura e a importância do compromisso pessoal a Cristo, e o rio Pentecostal com sua ênfase sobre a experiência imediata de Deus pelo poder do Espírito Santo."

O palestrante chave, o Católico Romano Kevin Ranaghan, "afirmou que divisões entre as várias igrejas cristãs têm sido um ‘sério escândalo’ no mundo. ‘Para o mundo crer depende de nos tornarmos um’, disse ele. É a vontade de Deus, ele enfatizou, ‘que sejamos um.’" Ele expressou suas crenças que existe uma "real possibilidade de movimento em direção a alguma forma permanente de unidade cristã" (cf. Christianity Today, August 12, 1977, pp. 36-37).

Por causa de seus erros fundamentais com respeito à Palavra, Cristo e a fé; por causa do seu orgulho; por causa do seu falso ecumenismo – um ecumenismo à parte da verdade; por causa da sua doutrina herética de salvação – o ensino do batismo do Espírito Santo; e por causa de seus milagres fraudulentos, o Pentecostalismo deve ser rejeitado. Ele deve ser rejeitado mediante disciplina cristã. Aqui, alguns são fracos. Eles conhecem os erros do Pentecostalismo. Vêem-no como radicalmente diferente da fé da Reforma. Eles até mesmo falam alto em críticas sobre o movimento. Mas ao mesmo tempo falam de seus "irmãos e irmãs Pentecostais," e toleram o Pentecostalismo em suas igrejas.

O Pentecostal deve ser disciplinado. Deve ser disciplinado para o seu bem, para que Deus possa dar-lhe arrependimento para o reconhecimento da verdade. Ele deve ser disciplinado para o bem da igreja, para que outros membros possam aprender a temer e para que o fermento do Pentecostalismo não se espalhe pela igreja. Quanto ao Pentecostal que permanece dentro da igreja, para ganhar aderentes à sua religião: "Eu quereria que fossem cortados aqueles que vos andam inquietando" (Gl. 5:12). "Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o. Sabendo que esse tal está pervertido, e peca, estando já em si mesmo condenado" (Tito 3:10-11)."

Prof. David J. Engelsma

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