O que significa Calvinismo?

"Calvinismo significa que Deus, Senhor dos céus e da terra, é absolutamente soberano sobre todas as coisas, boas e más, na terra e no céu, e mais particularmente o calvinismo significa no que diz respeito à salvação que Deus escolhe e elege pessoas em Cristo que vem no tempo e coloca os seus pecados na cruz, de modo que pela Sua maravilhosa graça homens totalmente depravados e incapazes e sem qualquer livre-arbítrio, são trazidos voluntariamente ao Reino de Deus e guardados pela graça de Deus! Porque 'quem Ele predestinou também chamou, e quem Ele chamou também justificou, e quem justificou Ele também glorificou' - Romanos 8:30." Rev. Angus Stewart (www.cprc.co.uk)



terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

John Knox, e a Vondade de Deus Para com os Pecadores (I)


John Knox, e a atitude de Deus para com os pecadores é discutida num artigo do Rev B L Dole. Alguns excertos são providenciados de Knox sobre Predestinação e de Gillespie e Rutherford. Um princípio é identificado.
É um sentimento comum na pregação evangélica, que Deus Pai deseja que cada pecador em cima da Terra devia acreditar em Cristo como seu próprio Salvador. Este sentimento não se confina às denominações arminianas. Tem sido adoptado inquestionavelmente por muitos da convicção calvinista hoje na Escócia. Acerca da sinceridade da vontade de Deus no que respeita os pecadores pelos quais Cristo não morreu, é feito frequentemente um recurso atribuindo a Deus duas vontades. Uma vontade é explicada como sendo universal no desejo, enquanto a segunda vontade deseja unicamente a salvação dos eleitos. Com a recente publicação das obras de Knox (Works)[i], e, um pouco antes das obras de George Gillespie e Samuel Rutherford, tornou-se possível ler o que estes pais da Igreja da Escócia creram e ensinaram do assunto. Deles era um Evangelho marcadamente diferente do moderno Evangelho em vários importantes aspectos.
O melhor lugar para observar o ensinamento de John Knox sobre o assunto é na sua obra substancial sobre predestinação (On Predestination)[ii]. Enquanto vivia em Genébra por volta de 1558, foi pedido a Knox pelas pessoas que estavam em Inglaterra que ele respondesse a um livro que estava a circular chamado “Careless by Necessity”. Este trabalho, escrito por um Anabaptista, negava a doutrina da Predestinação. Knox respondeu ao pedido inglês, provavelmente completando o trabalho enquanto estava em Dieppe à espera de permissão oficial para reentrar na Inglaterra. Este trabalho é a maior obra escrita de Knox, ocupando 443 páginas na reimpressão de David Laing. Não há quaisquer dúvidas no tocante à sua autoria. Knox foi nomeado independentemente como o seu autor quando lhe foi concedida permissão para que fosse impressa em Genebra no dia 13 de Novembro de 1559.
Sobre Predestinação está na forma de uma ‘resposta’, e é argumentativa na estrutura. Knox alternadamente cita uma afirmação do seu 'Adversário', para imediatamente seguir com a sua 'Resposta'.
O nosso interesse é no ensino de Knox sobre quem Deus deseja que seja salvo. Salvar. Os excertos seguintes demonstram as suas convicções à medida que ele expõe as afirmações do oponente anabaptista.
Afirmação Anabaptista 1:
'Deus não deseja a morte do pecador mas antes que ele se converta e viva'
Resposta de Knox:
'Consideremos sucintamente que pecadores são estes que Deus não deseja a morte, mas antes que se convertam e vivam. São João na sua epístola disse, 'Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.' etc. E depois, ‘Qualquer que comete pecado, também comete iniquidade; porque o pecado é iniquidade. E bem sabeis que ele se manifestou para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado. Qualquer que permanece nele (isto é, em Cristo Jesus) não peca; qualquer que peca não o viu nem o conheceu.' etc 'Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio.' etc 'Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus.'
Nestas palavras é evidente que há duas qualidades de pecadores, uma que lamenta e sente a sua própria malvadez e miséria, inegavelmente perante Deus, confessando que não só a sua natureza é pecadora e corrupta, mas também que diariamente eles ofendem de tal forma a Majestade do seu Deus, que muito justamente eles merecem os tormentos do inferno, se a mediação de Cristo (que pela fé eles recebem) não os libertar da ira porvir.[iii] 'A morte de tais pecadores Deus nunca quis; nem agora pode Ele querer. Pois desde toda a eternidade eles foram seus filhos eleitos, os quais Ele deu ao Seu Filho para ser Sua herança.[iv] 'A morte, eu digo, de tais pecadores Deus não deseja, mas ele deseja que eles se arrependam e vivam'. 'Mas há outra qualidade de pecadores muito diferente destes.[v]
Escrevendo 87 anos depois Samuel Rutherford haveria de ecoar as mesmas verdades; 'Humilhado, contristados e auto-condenados pecadores somente, são para crer, e vir a Cristo. É verdade, todos os pecadores são obrigados a crer, mas para crer depois da ordem da livre graça; isto é, que eles sejam primeiramente perdidos em si próprios e doentes, e depois salvos pelo médico.'[vi].


i The Works of John Knox, Still Waters Revival Books, Edmonton, Canada (N.D.)
ii The full title is, An Answer to a great number of blasphemous cavillations written by an Anabaptist, and adversary to God's eternal Predestination and confuted by John Knox
iii Knox J. 'On Predestination' Knox Works Vol. 5 SWRB Edmonton N.D. p.416
iv ibid. p.417
v ibid. p.418
vi Rutherford, S. Trial and Triumph of Faith (Originally 1658) Edin. 1845 p.152
Traduzido do site da Evangelical Presbyterian Church (Austrália), http://www.epc.org.au//doctrinal/john-knox-and-gods-will-concerning-sinners.html

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