A objectividade de um Deus que ama os pecadores que elegeu antes da fundação do mundo, os transforma pelo poder do Espírito Santo por estes estarem salvos da condenação pelo sacrifício expiatório de Cristo na cruz, está esbatida nos tempos modernos que se procura ser politicamente correcto e democraticamente aceite pelas maiorias.
A Confissão de Fé de Westminster claramente e a par com as restantes confissões reformadas da fé cristã, declara:
"Pelo decreto de Deus e para manifestação da sua glória, alguns homens e alguns anjos são predestinados para a vida eterna e outros preordenados para a morte eterna. " (Cap.3:3)
Esta doutrina é chamada Predestinação! E Predestinação tem duas pernas, senão coxeia. Uma é a doutrina da eleição e outra é a doutrina da reprovação. Deus nega dar a salvação a certas pessoas: "Segundo o inescrutável conselho da sua própria vontade, pela qual ele concede ou recusa misericórdia, como lhe apraz, para a glória do seu soberano poder sobre as suas criaturas" (Cap.3:7).
As palavras preordenar e recusar são fortes o suficiente para qualquer não ficar na ambiguidade quanto à verdade da fé cristã, revelada nas Sagradas Escrituras.
Então, que graça comum é esta e de onde vem? Uma pregação altamente doce e melada com lisonjas às concupiscências humanas só pode resultar numa estéril e amena conversão das trevas para as sombras... Graça comum é dizer que Deus partilha suas intenções e amor com sua família e com a família de Satanás (sua semente). Esta ideia vem de longe e distante da Escritura. Não trás o aroma da antítese cristã genuinamente revelada na Bíblia.
Pudera, que hoje como nunca os crentes formatados por esta filosofia, queiram impactar o mundo, transformar o mundo ao invés de transtorná-lo! Crentes agindo em tudo como os incrédulos, provando as delícias da cultura humana e disfarçando-a de sinceridade e religiosidade superior à aparência (quando a Palavra ensina ao crente a afastar-se de toda a aparência do mal).
Como reagiriam alguns se os crentes e seus filhos passassem a fumar charutos "medicinais" sem nicotina? Passassem a beber grades de cerveja "sem álcool"? Que sente Deus Pai se algum de seus filhos o fizer? Claro que seus filhos verdadeiros não vivem à margem do que agrada unicamente ao Pai Celeste e recebem disciplina e correcção quando falham.
Graça Comum é um neo-arminianismo que ataca as confissões que a Igreja deixou por herança aos filhos de Deus em todas as gerações. Neo-arminianismo é heresia e como tal deve ser combatida dos púlpitos consagrados por Deus, simplesmente ensinando a verdade sem omissões das partes mais incómodas.
Se Paulo teve a coragem de chamar a homens e a anjos que adulterassem o Evangelho do Senhor Jesus Cristo de anátema (1Co16:22 e Gl 1:8), não pesará a mão de Deus sobre todos os que transgridem teimosamente a Palavra de Deus?
3 comentários:
Estamos perante algo pertinente. Gostei daquilo que escreveu quase no fim: "... deve ser combatida dos púlpitos consagrados por Deus, simplesmente ensinando a verdade sem omissões das partes mais incómodas. Isto me fez logo lembrar as palavras de um homem de Deus, Rev. Robert Camenisch, que me disse na minha ordenação ao santo ministério - "PREGA A PALAVRA". Com toda a humildade e submissão ao Senhor, é o que tenho procurado fazer. É o que clamo ao Senhor para fazer - pregar fielmente a Sua Palavra. Só pregando fielmente a Palavra do Senhor podemos combater o erro.
ML
Eu entendo você, pode crer.Você anda muito incomodado com essa "graça". E é mesmo para incomodar, pois, dá a entender que Deus faz acepção de pessoas e a Bíblia diz que não. A não ser que entendamos que tudo que está escrito é tão somente para os eleitos...Aqueles que criaram essa expressão estavam (graça comum)estavam apenas, tentando demonstrar que ainda que os não-eleitos,não pudessem ter a esperança da salvação eterna e outras convicções neste mundo, poderiam , ainda assim de beneficiar de alguma felicidade, de algum bem estar, de alguma prosperidade e quem sabe alguma esperança, mais não seja que tudo termine com a morte fisica, isto é no cemitério.Bem , acredito que essa expressão usada por alguns teólogos de renome era uma forma de expressar que Deus não tem prazer na morte do ímpio. de qualquer forma as misericórdias do Senhor são(sempre) a causa de de nós(eleitos ou não de sermos consumidos)"Ele é amor", para os eleitos?Não sei. Seria limitar o amor de Deus , que é imensurável...
Um abraço forte e reformado
Caros Pr. Luzia e Pr. Daniel,
Recebi com apreço os vossos comentários. Muito me honram com a vossa contribuição.
Abraços Fraternos, NP
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