"Quanto a mim, os meus pés quase que se desviaram; pouco faltou para que
escorregassem os meus passos. Pois eu tinha inveja dos néscios, quando via a
prosperidade dos ímpios." (Salmos 73:2, 3)
“Verdadeiramente bom é Deus para com Israel”, com sua implicação, “e ele não é bom para com os ímpios”.
Pregadores legítimos e fiéis do evangelho devem pregar essa verdade. Eles não devem proclamar ao rico, saudável, gordo e velho infiel, que parem de amaldiçoar, beber e fornicar para quando ouvir “Tenho certeza que sou abençoado, responder: “Sim, de fato, Deus é gracioso para com você e te abençoa abundantemente”. Se os pregadores querem estar livres do sangue de tais incrédulos, eles devem antes proclamar: “Se pensa que é abençoado por Deus, você é um tolo! A ira de Deus está te destruindo com cada dólar que você investe, cada lagosta que come, e cada fôlego que toma! Não existe bênção na incredulidade e impiedade! Nenhuma! Não existe nenhum shalom para o ímpio, nem na eternidade que é vindoura, nem nessa vida! Arrependa-se!”.
O ministro fiel da palavra deve estar especialmente seguro que prega esse aspecto do evangelho bendito aos santos de Cristo em sofrimento. Aos pais chorando no túmulo de um filho (enquanto os vizinhos incrédulos desfrutam seus filhos saudáveis), à jovem mãe morrendo de câncer (enquanto sua vizinha perversa está cheia de vida), ao marido cuja esposa o abandonou pecaminosamente (enquanto seu vizinho ateu está felizmente casado), ao trabalhador que perdeu o seu trabalho (enquanto o vizinho ímpio continua no seu emprego), o pastor não deve trazer a mensagem [mentirosa] que a prosperidade dos ímpios é bênção graciosa de Deus sobre eles. Aos santos em sofrimento, essa mensagem necessariamente carrega as más notícias que as adversidades deles são evidência do desfavor divino. Mas que o ministro diga isso ao povo sofredor de Deus que está no cemitério, no hospital e no leito de morte: “Bom é Deus para com Israel. Verdadeiramente bom é Deus para com Israel”.
Título: O Ímpio Aparentemente Abençoado
Autor: David J. Engelsma
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto
2 comentários:
O salmo 73 é muito significativo para os dias de hoje.O salmista levanta aquela velha questão e problema da prosperidade dos maus (ou ímpios),assim como Jó e Habacuque.O salmista diz que eles sempre parecem estar felizes da vida, pois têm saúde, alegria e uma vida material próspera, mesmo que zombem de Deus e dos crentes. O profeta tem também a mesma precepção, pois o povo de Deus é atacado por todos os lados, os inimigos de Deus levam vantagem e Deus não parece fazer nada. Jó não entende o seu drama e procura razões, já seus amigos acham que ele deve ter feito das boas o que motivou Deus a castigá-o daquela forma.
De facto nós somos acometidos desses estranhos pensamentos e dúvidas que nos assaltam ao longo da caminhada. Não no início, mas no meio ou no fim da caminhada.Ainda bem que podemos dizer como o salmista, "até que entrei no santuário de Deus", ou como jó "Falei de coisas que não conhecia" ou "só o conhecia de ouvir falar" ou como o profeta "resolvi esperar na minha torre e ver o que ele mwe tem a dizer".
Um abrço forte e reformado
Caro Pr. Daniel,
é verdade que este Salmo 73 é muito significativo para os dias de hoje. Creio que o mais importante do Salmo é ser realmente uma lufada de verdade fresca no meio de tanta apatia que vivemos nestes tempos. Asafe alcançou um entendimento precioso que explica porque Jesus por duas vezes "pregou" de chicote na mão aos bodes no páteo do templo.
Em Eclesiastes 3:8 Salomão escreveu que existe um tempo para amar e um tempo para odiar, e ninguém melhor do que David seu pai para com um coração segundo Deus expressar no Salmo 109 o seu desejo e creio expressando o coração de Deus para com o réprobo assim em oração profunda e poderosa:
4 Em recompensa do meu amor são meus adversários; mas eu faço oração.
5 E me deram mal pelo bem, e ódio pelo meu amor.
6 Põe sobre ele um ímpio, e Satanás esteja à sua direita.
7 Quando for julgado, saia condenado; e a sua oração se lhe torne em pecado.
8 Sejam poucos os seus dias, e outro tome o seu ofício.
9 Sejam órfãos os seus filhos, e viúva sua mulher.
10 Sejam vagabundos e pedintes os seus filhos, e busquem pão fora dos seus lugares desolados.
11 Lance o credor mão de tudo quanto tenha, e despojem os estranhos o seu trabalho.
12 Não haja ninguém que se compadeça dele, nem haja quem favoreça os seus órfãos.
13 Desapareça a sua posteridade, o seu nome seja apagado na seguinte geração.
14 Esteja na memória do SENHOR a iniqüidade de seus pais, e não se apague o pecado de sua mãe.
15 Antes estejam sempre perante o SENHOR, para que faça desaparecer a sua memória da terra.
16 Porquanto não se lembrou de fazer misericórdia; antes perseguiu ao homem aflito e ao necessitado, para que pudesse até matar o quebrantado de coração.
17 Visto que amou a maldição, ela lhe sobrevenha, e assim como não desejou a bênção, ela se afaste dele.
18 Assim como se vestiu de maldição, como sua roupa, assim penetre ela nas suas entranhas, como água, e em seus ossos como azeite.
19 Seja para ele como a roupa que o cobre, e como cinto que o cinja sempre.
20 Seja este o galardão dos meus contrários, da parte do SENHOR, e dos que falam mal contra a minha alma."
Não podemos deixar de ficar intrigados que David fala de amar seus inimigos, seguindo o mandamento do Senhor Jesus para sermos mais excelentes que os incrédulos e amar até mesmo os nossos inimigos. Mas ele entendia porém que o fim deles não era senão o que Asafe descreve no Salmo 73.
Sabemos que David era um homem oração e que a oração tem como princípio fundamental pedirmos o que sabemos ser da vontade de Deus.
Forte abraço fraterno.
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