O que significa Calvinismo?

"Calvinismo significa que Deus, Senhor dos céus e da terra, é absolutamente soberano sobre todas as coisas, boas e más, na terra e no céu, e mais particularmente o calvinismo significa no que diz respeito à salvação que Deus escolhe e elege pessoas em Cristo que vem no tempo e coloca os seus pecados na cruz, de modo que pela Sua maravilhosa graça homens totalmente depravados e incapazes e sem qualquer livre-arbítrio, são trazidos voluntariamente ao Reino de Deus e guardados pela graça de Deus! Porque 'quem Ele predestinou também chamou, e quem Ele chamou também justificou, e quem justificou Ele também glorificou' - Romanos 8:30." Rev. Angus Stewart (www.cprc.co.uk)



sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Entendendo Predestinação

Romanos 8:30 "E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou."

Vamos fazer um cálculo de raciocínio quanto a algumas possibilidades que Deus teria em seu poder para livremente escolher para a humanidade.

Quando o homem pecou, vamos imaginar que a Ira de Deus se tivesse levantado sem amor e para que ela caísse sem dó nem piedade sobre o traidor e seus descendentes, Deus suportaria toda uma sequência de gerações até que Jesus nascesse, vivesse como homem e morresse para que todo o mal que está no coração do homem ficasse exposto e todos fossem condenados de uma forma inequívoca até diante de seus (dos homens) olhos pecadores. Deus satisfaria a Ira dele não só pela traição mas ainda e principalmente pelo agravo de tais inimigos ao matar o Seu Filho amado. Imagine que Deus não quisera com isso salvar nenhum dos descendentes do seu traidor até que uma multidão deles fosse aceitável em Sua presença para satisfazer Sua justiça. Imagine que Deus ao invés de querer salvar um deles os quisesse com o acto de enviar Seu Filho amado os condenar, ou melhor, sepultar debaixo da sua própria condenação...

Consideremos agora a possibilidade de Deus, na Sua liberdade incondicional, ter escolhido apenas um dos homens, para que apenas uma gota de Sua graça brilhasse na imensidão da negritude das trevas interiores que cercam e inundam os corações apodrecidos da raça humana. Talvez Deus escolhesse Adão, mas punisse todos os seus filhos e descendentes até à milionésima geração diante dos próprios olhos de um amargurado pai; talvez escolhesse Eva para que ela visse apenas seus filhos e netos dominados por maldades indizíveis e eterna punição e separação; mas Deus poderia escolher apenas Matusalém ou Noé, Abraão ou José, Moisés ou David, Elias ou Jeremias... Jó com certeza diria se não fosse escolhido por seu Criador "Deus me deu vida e Deus ma tirou". Haveria injustiça? Qual destes escolheria?

Imagine que Deus escolhia apenas uma geração, uma raça, qual seria? A hebraica ou a grega? A romana ou a árabe? A germânica ou a lusitana? Os vermelhos ou os amarelos? Deus escolheria um povo singular e separado para que demonstrassem a sua santidade sem que nenhum deles se perdesse ou se misturasse; Deus escolheria um povo que seria invejado por todos os outros povos; Deus escolheria um povo que ninguém poderia desacreditar que era obra Sua! Deus os escolheria para Sua própria glória e exaltação à vista de seus inimigos!

Imagine que esse povo é um povo tão determinado em número mas tão multifacetado em género. Imagine que entre todos os povos, Deus vai derramando da sua graça, do Seu Espírito Santo e fazendo-os luzir no meio das trevas, não mais uma gota de graça mas um manancial jorrando e transbordante. Imagine que esse povo apesar de estar no mundo não era do mundo, apesar de ser gerado pelo mundo era gerado de novo pelo Espírito do Altíssimo. Inimigos sendo convertidos em amigos íntimos ainda nas trincheiras adversárias para perplexidade de todos. Suponha que surgindo em todo o lugar e em todas as eras, todos estão singularmente unidos a Cristo de forma vital e tão pluralmente ligados uns aos outros. Cristo, que fora morto por causa deles mesmos e ainda assim nesse propósito de lhes ser por salvação!? E se todos esses que Deus escolhera, supondo assim, viriam a Ele no tempo e no modo determinado pelo próprio Deus Soberano e Glorioso e ainda assim viriam totalmente livres e em total amor?
Agora suporte a ideia ridícula que um dia estes pudessem andar confusos e sem saber se era Deus atrás do cenário o tempo todo e começando a olhar para eles próprios se comparassem com todos os outros homens que ainda jazem no maligno e defendessem que todos eles também poderiam ser tornados em amigos como se o poder neles estivesse?

Que tragédia seria... Ainda bem que aqueles que são dele são filhos da luz e nada disto os fariam andar nas densas trevas como se nunca houveram visto a alva. Nada mais seria do que um dramático pesadelo e com certeza o germinar de um esfriamento no amor de muitos, não acha?

5 comentários:

Pastor Manuel Luzia (Ministro Presbiteriano) disse...

Já estive aqui hoje, dia 28 de Novembro, só que não tenho tempo de deixar o meu comentário, só depois de regressar da viagem.
Um abraço reformado.
Pr. ML

Daniel M.S. disse...

Excelente texto.

Pastor Manuel Luzia (Ministro Presbiteriano) disse...

Pois é - o problema de muito "boa" gente é que não entende a predestinação, não entende a SOBERANIA divina, não entende que o Deus Criador e sustentador de todas as coisas, é o que tem, ou talvez melhor dito, teve a liberdade de escolher para si um povo especial - e escolheu, não na base do merecimento humano ou sabendo que o homem um dia (quando lhe desse na real gana)o iria escolher, mas sim na base da Sua Soberania. A salvação é uma graça imerecida. Jamais o homem redimido por Cristo poderá puxar para si qualquer tipo de glória, pois que o fim do homem é precisamente glorificar a Deus.

A DEUS TODA A GLÓRIA!

Pr. Manuel Luzia

Anónimo disse...

Amigo, é horrível ler textos em letra branca com fundo preto, não consegui ler.

Nuno Pinheiro disse...

Sr. Anónimo, se tem dificuldades em ler pode copiar o texto e colá-lo numa folha do Word e mudar a cor da letra e o tamanho dela. Deus o abençoe.