A igreja evangélica actual vive por momentos de grande encruzilhada pois já há mais de um século e meio abriu mão de uma unidade doutrinária básica fundada nas Sagradas Escrituras.
Assistimos à fragmentação massiva dos evangélicos em sub-produtos de semi-produtos teológicó-doutrinários que não pode ser compatível nem jamais poderá ser aceite como a visão de unidade que Cristo nos deu para moldarmos nossa vivência comunitária e fraternal.
Algo se passa, quando de facto não entendemos nada ou muito pouco uns dos outros. Onde estão as linhas de fronteira ou a cerca que restrinja a diluição da verdade bíblica?
A igreja tradicional não entende e não sente a paz e presença de Deus num culto pentecostal ou carismático, que afinal redunda numa rotina tão igual à que pretendem escapar. Irmãos que não conseguem suportar as imaginações de prelectores despreparados que falam coisas sem base e sem conhecimento bíblico são rotulados de intelectuais. Os apelos feitos por modelos às emoções de maneira a dar um pouco de "sal" à Palavra de Deus que para tais parece que é insípida e insuficiente, no intuito de arrebatar sua sequidão e esterilidade de sã doutrina. Seus louvores histéricos e instrumentalmente abusados como que artificializando a falta de verde pasto natural, são produzidos para o agrado dos adoradores e julgam poder em seus deleites e prazeres alcançar o coração de um Deus Santo e Soberano...
Tais "crentes" queixam-se do sossego de outros como que medindo com os ouvidos ou outros sentidos a espiritualidade destes que não se empolgam externamente, mas como Job dizem mais com menos palavras do que seus amigos. Vejo alguns buscando na alma a força de vida que só o Espírito pode dar. Não estando interessados mais no que é dito mas na forma como o pregador entoa e sacode seus ouvidos que parecem secos por dentro e comichosos de novidades atrevidas.
Sei que não será de todo agradável este cenário aqui descrito, mas é apenas o topo do iceberg. Não há de facto muito a entender como um povo consegue ser irmão e viver como quem não reconhece nada no outro de semelhança, quando falando do mesmo Pai não traçam as mesmas características, quando se juntam não se envolvem e quando se afastam não sentem mais falta do outro.
Será que dois em desacordo poderão andar juntos?
Será que veremos algo suceder nesta babilónia evangélica de nossos dias?
Se o produto do verdadeiro conhecimento é a humildade e não a auto-exaltação, que dizer daqueles que cuidam que já sabem alguma coisa?
2 comentários:
Bela reflexão. De facto vivemos momentos de grande "confusão". A troco de agradarmos a gregos e troianos, muitos têm perdido a sua identidade. Não se sabe quem é quem...
Há uns anos atrás era relativamente fácil nos identificarmos. Agora...
Que o Senhor nos mantenha firmes na Palavra.
Pastor Manuel Luzia
Olá Nuno, tudo bem com você?
Eu estava a ler o seu poster, você esta de parabéns.. Que Deus continue te dando sabedoria.
Irmão Nuno, você me autoriza a pegar alguns estudos em seu blog e colocar no www.GeracaoViva.com e no www.LuanMarcal.com ??? Seria muito bom pegar os seus "excelentes" estudos e compartilhar com o pessoal na "Geracão Viva", creio que seus estudos pode levar muitas pessoas a conhecer melhor a escritura.
Eu coloquei o link do seu blog lá no www.LuanMarcal.com
Meu irmão, foi um prazer ler seu poster, que Deus te abençoe..
Graça e Paz
Luan Marçal
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