O que significa Calvinismo?

"Calvinismo significa que Deus, Senhor dos céus e da terra, é absolutamente soberano sobre todas as coisas, boas e más, na terra e no céu, e mais particularmente o calvinismo significa no que diz respeito à salvação que Deus escolhe e elege pessoas em Cristo que vem no tempo e coloca os seus pecados na cruz, de modo que pela Sua maravilhosa graça homens totalmente depravados e incapazes e sem qualquer livre-arbítrio, são trazidos voluntariamente ao Reino de Deus e guardados pela graça de Deus! Porque 'quem Ele predestinou também chamou, e quem Ele chamou também justificou, e quem justificou Ele também glorificou' - Romanos 8:30." Rev. Angus Stewart (www.cprc.co.uk)



segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A Atenas Pentecostal


"E tomando-o, o levaram ao Areópago, dizendo: Poderemos nós saber que nova doutrina é essa de que falas? Pois coisas estranhas nos trazes aos ouvidos; queremos, pois, saber o que vem a ser isto (Pois todos os atenienses e estrangeiros residentes, de nenhuma outra coisa se ocupavam, senão de dizer e ouvir alguma novidade). E, estando Paulo no meio do Areópago, disse: Homens atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos; Porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais, não o conhecendo, é o que eu vos anuncio. O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas; E de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação; Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós."
Actos 17:19-27

Existe um grupo entre os evangélicos denominados pentecostais ou carismáticos (que com as devidas diferenças as semelhanças são avassaladoras) que é muito religioso e que tem muito não só de babilónia (na sua sede de crescer e de comercializar) mas de Atenas (na sua parolice e insubstância).

Ora vejamos duas considerações: A fé cristã é uma fé histórica, isto é, pode-se encontrar nas evidências históricas os seus registos de eventos e também encontrar paralelos e desenvolvimentos sequenciais e ininterruptos ao longo da história da igreja em fé e prática. A fé cristã é também uma fé espiritual ou sobrenatural, isto é, implantada pelo próprio Deus nos corações dos eleitos que foram predestinados para a vida e unidade em Cristo Jesus.

Um pentecostal não tem nem a primeira das considerações em pleno acordo e muito menos a segunda das considerações, isto é, esse movimento é desprovido de uma fé histórica e identificativa com os grupos ortodoxos de cristãos encontrados em todos os tempos da vida da humanidade (desde a criação do primeiro homem até hoje), nem a fé que eles afirmam ter provém de Deus pois eles mesmos afirmam que eles é que ACEITARAM Cristo ou que eles é que ESCOLHERAM Deus, isto é, eles exerceram uma fé natural em si mesmos de uma forma parcial com recursos aos meios que Deus disponibilizara mas que deles dependia.

Este é o primeiro ponto que eu gostaria de afirmar e acusar qualquer grupo pentecostal de se rebelar contra a firme revelação da doutrina da Graça Electiva do Eterno Deus. Que fique claro, que minha posição não é minimamente aberta a quaisquer consideração ou dependente de qualquer caso particular. Lemos em Zacarias que Deus falou que a sua casa seria chamada CASA DE VERDADE, e isto que é a principal evidência da presença do Espírito Santo de Deus nós não encontramos em grupos pentecostais.

Dito isto, afirmo que encontramos uma distância tão larga e profunda entre a Igreja Verdadeira (não chamo de perfeita) e essa coisa travestida, como poderíamos encontrar entre a igreja primitiva e os gregos de Atenas, registada em Actos.

1º- Para eles a doutrina cristã bíblica e histórica é uma "nova doutrina". Como pode alguém ser completamente estranho ao evangelho de Cristo Jesus e usurpar ser alguma coisa?

2º- Falando com qualquer pentecostal, um crente tem ideia que está a falar para o planeta Marte, não porque existam marcianos lá que falam outras línguas ou línguas estranhas, mas por estarmos a falar para pedras mudas e surdas. São coisas estranhas as coisas de Deus para essa gente.

3º- Um pentecostal só quer falar e ouvir novidades. Falta dizer aqui que ainda acrescentam aos atenienses o cantar novidades do último álbum do Brasil ou da Austrália horrivelmente tocado ou em condições acústicas e sonoras que levaria qualquer apreciador de música a se condoer dele e dos vizinhos também.

4º- Falar em superstição e pentecostalismo é um risco de pleonasmo. Não existe nada mais num coração de um pentecostal do que uma mística pagã acerca do bem e do mal, mascarado de cristianismo.

5º- Deus desconhecido para eles é o mínimo dos seus problemas, pois o triste está na teimosia de não quererem conhecer! São teimosos e orgulhosos em suas experiências místicas.

6º- Deus para eles é carente e um pedinte: pede para o pecador deixar Deus entrar no seu coração, pede para o crente deixar transformar sua vida, pede para o triste deixá-Lo alegrar sua casa, pede por favor que não seja recusado quando bate na porta de seus corações... enfim, fazem Deus um mendigo.

7º- O Deus verdadeiro é por demais diferente e Paulo passa a explicar aos pentecas de nossos dias na sua Atenas espiritual: Deus é um Deus eterno, criador dos céus e da terra, determinando todas as coisas e as havendo ordenado não podem ser frustradas. A igreja e só a igreja que entende Deus assim é que pode estar segura de sua confissão de estar nos LIMITES de SUA HABITAÇÃO.

8º- Um pentecostal ou um carismático, salve as ínfimas diferenças, é um cego que tacteia sem saber para onde vai e nem de onde vem. Cego que não vê tem desculpa, porém cego que nasceu com olhos que enxergam e cabeça que conhece o certo e o errado, já está condenado se teimar em permanecer no erro, nas trevas e rejeitar Cristo. Se fosse possível chegar a Deus pelos esforços humanos, creio que os pentecas seriam os primeiros a chegar. Como não é possível, o esforço que fazem é como o tipo que num buraco quanto mais escavar mais longe fica da saída...

9º- Como eu não creio que um pentecostal possa estar seguro em sua confissão por Cristo, e creio num Deus tão enorme que salva os pecadores, cegos, aleijados como eu sou exemplo, eu posso confiar e apresentar Cristo para essa gente miserável e crer que Deus tem poder para os salvar e lhes mostrar a alva.

Para concluir, queria dizer que bem mais simples é ser como os hipócritas que sorriem para os pentecas e no fundo os desprezam ou minimizam e ainda têm deles a honra e a consideração. Não quero nem honra nem consideração por mim, mas por Cristo e pelo Seu evangelho que é poderoso para salvar.

Cristo justifica o ímpio. Penteca, se creres no Cristo ressurrecto e verdadeiro SEGUNDO AS ESCRITURAS, serás salvo tu e tua casa, quem sabe tua igreja... O Senhor tenha misericórdia de ti e que a sua bênção que enriquece a alma te salve da tua miséria perversa e abominável que te condena diante da sua justiça e santidade!

Creiam em Deus incrédulos atenienses pentecostais!
NP

3 comentários:

Anónimo disse...

Não sou penteca, sou reformado, mas dizer que um pentecostal (no geral) não é crente parece-me perigoso. Valerá mais amá-los e tentar dar-lhes testemunho, através de pequenas coisas.
Por outro lado, parece-me que o amor fará mais e melhores coisas que o ataque, se somos de Deus fiquemos-Lhe agradecidos, se os outros não são, pentecostais ou ateus, devemos pregar-lhes o EVANGELHO e não a LEI.
Olhemos para a nossa igreja e para os que a compõem tentando que ela seja uma fiel imagem do que Deus quer.
Atacar será fácil, porque é que os presbiterianos têm um problema tão grande com o baptismo? Fazer uma teologia inteira de uma inferência...?

Nuno Pinheiro disse...

Tentarei responder a um desconhecido da melhor forma que puder.

1. Concordo que é perigoso afirmar que um pentecostal não é crente. No geral no entanto podemos à luz da Confissão Belga afirmar que como grupo pretenso de ser igreja de Cristo, não tem as marcas de verdade - é isto que procuro explorar.

2. Afirmar que alguém está errado na sua qualificação como igreja do Senhor é amar, se estivermos a falar a verdade e explicar da melhor maneira possível seus erros. Paulo fez isto e ao longo da história vejo muitos "batalharem pela fé que uma vez foi dada aos santos" com a motivação de expor o erro à luz da verdade para bem deles e acima de tudo da igreja de Cristo.

3. Não julgo haver pregado a LEI por isso não entendo sua critica sobre este ponto. Aqui não estou a pregar Evangelho, mas a compartilhar pensamentos que entendo estarem na Escritura - certos princípios que podem ajudar os que andam enganadamente nos caminhos carismáticos.

4. Olhar para nós não quer dizer que concorde em passar a mão no pelo dos outros que são contrários à Fé Bíblica como considero no movimento pentecostal (no geral e no particular, enquanto ali permanecerem). Devo, acima de tudo, por amor daqueles que são da "nossa" igreja ser ruidosamente contra os falsos irmãos, para que não se infiltrem ideias falsas como tem acontecido ao longo de mais de 100 anos.

5. Se atacar fosse fácil, eu tinha já visto muitos a atacarem e por enquanto não conheço quem o faça. Lembre-se que atacar é a melhor forma de defender em alguns casos. Somos chamados a defender a igreja contra os erros da nossa geração.

6. Estou espantado com um reformado confesso ou professo que termine seu comentário desta forma paradoxal. Não conheço nenhum presbiteriano que tenha problemas com o baptismo (caso fosse não seria presbiteriano ou reformado no caso da tradição continental). Pior ainda, é a afirmação que fecha sua participação que considero ridícula - a teologia reformada ou presbiteriana (dependendo se vem do continente ou do UK) não provém de uma inferência, mas essa inferência é um componente dessa mesma teologia muito mais ampla (que até por isso mesmo pode comportar alguns que não reformados ou presbiterianos, como vemos na Confissão Londrina de 1609).

Espero que seu comentário possa ser mais virado para o texto em si e se me ajudar a entender um erro ali eu agradeço e terei muito gosto em corrigi-lo. Contudo, também me parece ter uma mente muito ambígua entre o que é ser reformado e ser evangélico conservador - estes últimos não são confessionais e daí não terem muita capacidade para serem acutilantes nas suas posições.

Pela glória de Deus,
NP

Unknown disse...

Bom artigo.

Deus abençoe.

INTERNAUTAS CRISTÃOS
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