O que significa Calvinismo?

"Calvinismo significa que Deus, Senhor dos céus e da terra, é absolutamente soberano sobre todas as coisas, boas e más, na terra e no céu, e mais particularmente o calvinismo significa no que diz respeito à salvação que Deus escolhe e elege pessoas em Cristo que vem no tempo e coloca os seus pecados na cruz, de modo que pela Sua maravilhosa graça homens totalmente depravados e incapazes e sem qualquer livre-arbítrio, são trazidos voluntariamente ao Reino de Deus e guardados pela graça de Deus! Porque 'quem Ele predestinou também chamou, e quem Ele chamou também justificou, e quem justificou Ele também glorificou' - Romanos 8:30." Rev. Angus Stewart (www.cprc.co.uk)



domingo, 12 de julho de 2009

O Que é Hiper-Calvinismo (3)



(3)


Continuamos aqui com a questão: "O que é hiper-Calvinismo? Como você o definiria?". Mostramos em nosso último artigo que hiper-Calvinismo é uma negação do assim-chamado "dever da fé" e "dever do arrependimento."
Esta negação é contra a Escritura. A Escritura diz em Atos 17:30 que "Deus ordena agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam." João o Batista em sua pregação chamou até mesmo os fariseus e saduceus incrédulos ao arrependimento (Mateus 3:8; Lucas 3:8). Jesus, também, chamou todos ao arrependimento em sua pregação (Mateus 4:17) e censurou as cidades da Galiléia por não terem se arrependido (Mateus 11:20). Quando ele enviou os 70, ele os enviou também para aqueles que rejeitariam o evangelho e até mesmo os advertiu sobre esta rejeição (Marcos 6:10-11); todavia, lemos que eles saíram e pregaram àqueles que eles deveriam se arrepender (Marcos 6:12).


Nem existe alguma evidência de que quando Pedro pregou—no templo, após curar o homem coxo—"arrependei-vos, pois, e convertei-vos (Atos 3:19), ele estava pregando somente a "pecadores sensibilizados." Certamente, Simão o feiticeiro não era um "pecador sensibilizado" quando Pedro lhe disse: "Arrepende-te, pois, da tua maldade e roga ao Senhor; talvez te seja perdoado o intento do coração" (Atos 8:22).


Várias das passagens já citadas (Atos 3:19; 8:22) também implicam que o evangelho exige fé da parte de todos que ouvem. A fé é parte da conversão, e uma pessoa não pode orar a Deus por perdão sem também orar em fé. Assim, também, não é possível que Jesus condene os fariseus por não crer se crer não fosse requerido deles (Mateus 21:25; Lucas 22:67; João 10:25-26).


O hiper-Calvinista contorna estes versículos falando de tipos diferentes de arrependimento e fé. Ele fala de "arrependimento judeu," "arrependimento de reforma," "arrependimento circunstancial," "arrependimento coletivo," etc., e alega que a Escritura também exige tipos diferentes de fé. Assim, ele insiste que muitos dos versículos que já mencionamos exigem somente tais tipos de fé e arrependimento, mas não o arrependimento e fé salvíficos.


Nós não negamos, certamente, que a Escritura fala de "fé" e "arrependimento" que não são salvíficos (Atos 8:13; II Coríntios 7:10; Tiago 2:19; Hebreus 12:17). Mas estes, como sabemos, são simplesmente hipocrisia, e não encontram o favor de Deus. Eles não podem, então, ser algo que Deus exija. Como Deus, que não mente, poderia, falando através do evangelho, chamar os homens ao arrependimento ou fé que não sejam sinceros ou salvíficos? Nem há a mínima evidência na Escritura de que ele faça isso.


Nós cremos, portanto, que a Palavra de Deus em Atos 17:30 deve ser tomada seriamente por aqueles que pregam o evangelho. Rejeitamos a noção de que o mandamento para crer e arrepender salvificamente deve ser ouvido somente por aqueles que mostram alguma evidência de convicção. Isso não somente limitaria a pregação do evangelho, mas no fim destruiria a verdadeira pregação do evangelho.


Como esperamos mostrar no próximo artigo, o mandamento para arrepender e crer é uma parte integral da pregação não somente com respeito aos eleitos de Deus, mas também para com os "réprobos". Todos que se encontram debaixo de uma pregação DEVEM ouvir este mandamento! Não somente é de acordo com a vontade de Deus que ele deve ser pregado a todos indistintamente, mas isto é necessário até onde diz respeito a pregação do evangelho. Negar isto é despir o evangelho do seu poder e torná-lo uma exibição vazia e vã.

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