
"...sabemos que todos temos ciência. A ciência incha, mas o amor edifica." 1 Corintios 8:1
Paulo, o apóstolo que escreveu tantas cartas de profundidade inalcansável sem a graça de Deus, graça que momentaneamente inspirou homens escolhidos para escreverem a revelação de Seu Ser, Sua Criação e Sua Vontade, disse que todos temos uma certa medida de conhecimento acerca de alguma coisa, esse conhecimento pura e simplesmente infla o espírito, mas pelo contrário o amor edifica. Ao lermos as epístolas paulinas somos cheios de amor, que nos esvazia do ego podre da natureza caída e nos renova pelo entendimento da maravilhosa santidade do verdadeiro Autor das Escrituras Sacras. Essa santidade das palavra e pensamentos de Deus, que nos faz vir em humildade e dependência absoluta. Esse temor tão necessário àqueles que buscam a sabedoria.
Maravilhei-me com a entrevista que vi hoje na SIC de dois homens que são reconhecidos por vidas dedicadas às letras e à produção de ideias e trabalho intelectual. Se não fosse até trágico, daria vontade de rir a forma como a Bíblia reduz qualquer filho de Adão a um plano de igualdade e de incapacidade ou de cegueira (curiosamente um ensaio que ainda faz juz ao nóbel). Entre Saramago e Carreira das Neves não escolheria nem o frio das Neves, nem as brasas do Sahara. Escolheria a brisa fresca e correntes de águas tranquilas de Paulo, o apóstolo de Cristo que com certeza corroborava com a ideia do autor de Hebreus acerca de Caim:
"Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual
alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala." Hebreus 11:4

Saramago disse não compreender a razão da rejeição de Deus da oferta de Caim. A Bíblia explica no Novo Testamento que Deus tinha dado dons eternos a Abel. Dons eternos esses que o Senhor Jesus explica dizendo que "a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (João 17:3), mostrando o quanto Abel conhecia o santo Deus, a Sua santa vontade e com propriedade a Sua santa Criação. Cristo era o cordeiro que Abel apresentou a Deus, vindo a Deus pelo cordeiro e não pelos próprios méritos. Cristo foi dado por Deus a Abel simbolicamente num animal inocente e sem pecado, para tomar o seu lugar na morte que o seu pecado merecia.

Caim, também não compreendeu Deus. Aliás, não só não compreendeu a luz mas odiou a luz e amou mais as trevas. A acção de Deus desencadeou em Caim uma cadeia de efeitos que levaram à exposição de seus secretos pensamentos maléficos. Do coração do homem, qualquer homem, provêm somente homicídios e outros pecados que visam Deus e o seu próximo. Tal como Caim, o mundo incrédulo dos descendentes de Caim odeiam o mundo dos crentes de Abel. Carreira das Neves crê e estremece, porém carece de verdadeira fé e bem parece com o Caim das ofertas agriculas.
Entre Saramago, Carreira das Neves ou Caim, prefiro aqueles incontáveis incógnitos, gente humilde mas agraciados para que amem o Senhor Deus, que compreendem que é um Deus santo e grandioso e terrível em juízo, que entendem a sua pecaminosidade, percebem a sua necessidade de justiça e de salvação, e claramente vêem a oferta e o caminho que Deus preparou para todos os que crerem no Seu Filho, o Cordeiro de Deus!
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Ó Deus, como são belos os teus santos, ainda que desprezados pelos homens, são cheios da tua mais sublime glória celestial. Cristo é quem justifica o ímpio. Aleluia e glória a Deus nas alturas que providenciou para nós o Cordeiro que tira o pecado do mundo.
João 1:29
"No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo."